Eu estava derretendo no mormaço e no mijo, queimando a garganta.
Foi quando o anjinho pousou. Era meu anjinho da guarda. Aquele que não me reprovava mais. Que disse que só viria de vez em quando, agora.
Branquinho, branquinho, branquinho. No corpinho as constelações desenhadas, um caminho que eu tentei percorrer com dedos de bebê, da assinatura divina no rostinho até a bundinha que eu tinha até dado um tapinha no dia em que nasceu.
Me deu aquele sorrisinho infantil com a cabecinha meio de lado e as mãozinhas na cintura:
- Ó.
E virou.
Tinha agora asas negras.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
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5 comentários:
Eu vi as asas. Eram negras mesmo.
Mas ficarão coloridas.
Eu também vi.
http://www.youtube.com/watch?v=SoDHLXub_CE&feature=related
"ac", esse é um livrinho que li quando era criança e mudou minha vida.
Para pior.
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